Norma Jean vs. The Anti Mother
A carreira dessa banda se iniciou realmente em meados de 2001, quando começaram a trabalhar no seu primeiro álbum, entitulado "Bless the Martyr and Kiss the Child". Porém, antes disso acontecer, eles já estavam na cena underground de Atlanta, desde 1997 com o nome de Luti-Kriss. O som era totalmente diferente do que se tornou mais tarde. Nessa época, tiveram contato com uma subsidiária da gravadora Tooth and Nail Records, e chegaram a lançar um EP e um full-length. Logo depois, decidiram por mudar o som que faziam, juntamente com o nome. Essa evolução levou em 2002, ao "Bless the Martyr and Kiss the Child", produzido por Adam Dutkiewicz (Killswitch Engage, As I Lay Dying, Unearth) onde pode transformar com toda potência o inigualável trabalho que o Norma Jean estava apresentando.

Até hoje considerado o trabalho mais pesado e brutal da banda, onde fugiriam totalmente do cliche hardcore, eles seguiram em frente fazendo turnês com o Hatebreed, Converge, Every Time I Die, entre outras. O álbum seguinte, "O God,The Aftermath", apesar de diferenciar um pouco do anterior, veio trazendo uma variedade de influências, seguindo ainda a linha agressiva e estrondosa de sempre. Houve claramente uma evolução técnica dos músicos, e a produção ficou por conta de Matt Bayles (Botch, Mastodon, Minus The Bear). Rugindo como um monstro das cavernas, o som belo e caótico, trouxe além da desconexão sonora perfeitamente elaborada, também um incrível trabalho de letras e da parte visual. Durante esse período, também foi lançado um DVD com shows e bastidores, e diversas novas turnês com grandes nomes do metal e do hardcore.

Reunindo cada vez mais fãs pelo mundo, eles continuaram com várias turnês, disseminando seu som por todas as partes. Pouco mais de um ano depois, nascia "Redeemer", o terceiro álbum do Norma Jean, que foi deixado nas mãos de ninguém menos que Ross Robinson (Deftones, Sepultura, Machine Head), foi lançado em setembro de 2006, e novamente uma mudança no som. Sem deixar de lado suas características marcantes, a banda optou por um som mais limpo e conciso. Apesar de não ter um efeito tão destruidor como os álbuns anteriores, a banda seguiu forte, acumulando ainda mais fãs e atenção da mídia nos meses que seguiam adiante.

No dia 8 de agosto de 2008, Cory Brandan (vocal), Chris Day (guitarra), Scottie Henry (guitarra), Jake Schultz (baixo) e Chris Raines (bateria), trouxeram para nós seu recente lançamento "Norma Jean vs. The Anti-Mother". Sem surpresas no que diz respeito à uma mudança de estilo - que já era de se esperar -, dessa vez realmente foi algo muito notável. Uma coisa que percebe-se facilmente é o fato de Cory nas guitarras, e participações como a de Chino Moreno (Deftones) em uma das músicas terem também suas influências nessa mudança. Mas não engane-se com toda essas diferenças, pois elas no geral não foram ruins. O CD abre com uma porrada nos ouvidos, com aquela caoticagem já conhecida, em "Vipers, Snakes, and Actors". Em seguida, uma linha mais melódica pode ser percebida, com destaque para "Birth of the Anti Mother" e "Robots 3 Humans 0". Mas é na sexta faixa onde achamos que realmente estamos ouvindo uma outra banda. Com a participação do já citado Chino Moreno, "Surrender Your Sons" faz aquilo que até hoje não esperávamos ouvir do Norma Jean. Com uma pegada que certamente deve remeter aos tempos primórdios do Luti-Kriss, ela apresenta um som alternativo, que inevitavelmente nos faz lembrar do próprio Deftones.

"Murphy Was an Optimist" vem em seguida, descendo o pau e tentando restabelecer potência com uma melodia cortante, como o que o resto do álbum tem a oferecer. Aquela música para se ouvir repetidas vezes, sem enjoar. Sendo que mais três outras faixas completam esse trabalho com fúria e precisão, fechando o disco com as 10 músicas e 44 minutos de duração. No geral, é evidente uma mudança drástica se comparado ao primeiro lançamento da banda. Mas não tão surpreendente, pois a cada disco lançado, já estávamos notando as diferenças. Dessa vez decidiram por deixar de lado quase que completamente as melodias desconexas e a caoticagem usual. Optaram por um trabalho dos mais "limpos" de sua carreira, com refrões que grudam na cabeça e te fazem querer ouvir novamente todo o CD. Apesar de tudo isso, mantiveram sua pegada característica, encontrada até então, e uma sonoridade agressiva sem cair na mesmisse. Há quem dirá que o Norma Jean, com esse trabalho, se tornou "mais uma banda entre tantas". Eu ainda acredito que pode ser considerado uma obra de arte, em vista da diversidade e criatividade do mesmo. O jeito é ouvir e tirar suas próprias conclusões.

Discografia:
# 2002 – Bless the Martyr and Kiss the Child
# 2005 – O God,The Aftermath
# 2006 – Redeemer
# 2008 – The Anti-Mother

Links:
www.normajeannoise.com
www.myspace.com/normajean

Gênero: Mathcore, Post-hardcore
Artistas Similares: Every Time I Die, The Chariot, Poison The Well, The Dillinger Escape Plan
domingo, 17 de agosto de 2008

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17/08/2008
Disponível o álbum "The Anti-Mother" para download.

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